O carnaval no Brasil tem suas raízes em tradições europeias trazidas pelos portugueses; sob a influência dos bailes de máscaras e a fusão de ritmos africanos e indígenas, foi se transformando. Hoje, temos uma das maiores festas populares do mundo.
Quais são as implicações do carnaval sob a perspectiva psicológica e social?
Para começar não podemos deixar de reconhecer a importância da cultura popular para a transformação do imaginário social. Essas imagens coletivas influenciam o comportamento, as instituições e as interações sociais, moldando identidades individuais e coletivas. O uso de fantasias e máscaras, permite às pessoas experimentarem diferentes aspectos de si mesmos, algo que seria reprimido no dia a dia. Ou seja, de modo geral existe uma ideia de que no carnaval pode tudo; seria um momento de suspensão temporária das repressões, onde o desejo, a fantasia e a identidade podem ser explorados livremente, antes do retorno às normas. Sem os marcadores que nos orientam cotidianamente, contamos com o fato de que a festa termina na Quarta-feira de Cinzas e tudo volta ao normal.
Outra característica da psicologia que podemos observar no carnaval é a desindividualização – um comportamento onde o indivíduo se afasta temporariamente da sua identidade pessoal e se aproxima mais do senso coletivo. A responsabilidade do indivíduo se torna difusa e a autoconsciência reduzida. As pessoas vão fazer coisas que não fariam se estivessem sozinhas.
Se você não gosta do carnaval, não se preocupe. O período é versátil e muitos preferem atividades tranquilas. No fundo, é uma festa que celebra a diversidade. Aproveite a atmosfera descontraída.
E para os foliões, bom carnaval, com responsabilidade, respeito e alegria. Lembre-se as regras ficam mais flexíveis, mas elas não deixam de existir.