
Nasci em meio à violenta ditadura militar que se estabeleceu no país de 1964 a 1985. Muitas mulheres vieram antes de mim, uniram-se, ocuparam espaços públicos, reivindicaram direitos e transformaram a vida social, política e cultural.
Passados mais de 40 anos, é possível perceber profundas mudanças. Por isso, quando ouço “precisamos de um dia da mulher?”, digo sim, precisamos. Porque é vital destacar a luta contínua pela igualdade e justiça social, valores centrais do Dia Internacional das Mulheres. E como não poderia deixar de ser, a história é viva e precisa ser divulgada, tendo em vista seu potencial transformador nas novas gerações.
Hoje, não aceitamos passivamente as condições sociais impostas e rejeitamos rótulos que se apresentam disfarçados de afetos. Reconhecemos que existe diferença entre o que a gente é e o que as pessoas acham que somos; o lugar que nos dão e aquele que desejamos ocupar. Podemos escolher continuar sendo referência de atributos como beleza, força e amor incondicional ou reivindicar lugar para nossa existência humanizada.
Pequena reflexão pessoal: sou neta de Estelita e Ilza, filha de Raíula e mãe de Ana, mulheres que tiveram ações revolucionárias dentro de suas famílias.
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