Trabalho e saúde mental: o custo invisível da produtividade

O trabalho, que historicamente já simbolizou progresso e realização, hoje, para muitos, é fonte de exaustão e sofrimento. Esses dados alarmantes são reflexos de uma sociedade onde a produtividade é exaltada, muitas vezes à custa do bem-estar humano. Os números não mentem: o Brasil registra milhares de afastamentos por transtornos mentais, o burnout atinge 30% dos trabalhadores, e o medo da instabilidade profissional corrói a saúde de tantos outros.

A cultura da produtividade extrema nos ensinou que descansar é perda de tempo, que precisamos estar sempre disponíveis e que só é bem-sucedido quem se dedica além dos próprios limites. Mas a que custo? Jornadas exaustivas, cobranças incessantes, falta de reconhecimento e ambientes tóxicos criam um cenário onde ansiedade, depressão e exaustão emocional se tornam parte da rotina. Aos poucos, o corpo adoece, a mente se desgasta, e a vida vai perdendo sentido.

O mais preocupante é que, muitas vezes, normalizamos esse sofrimento. “Faz parte”, dizem. “Todo trabalho tem pressão.” Mas será que precisa ser assim? Será que um ambiente de trabalho saudável não deveria ser uma prioridade, e não um privilégio?

Empresas que investem na qualidade de vida dos funcionários não apenas evitam adoecimentos, mas colhem resultados melhores. Um trabalhador saudável produz mais, se engaja mais, tem melhores relações interpessoais e permanece por mais tempo na organização. Criar espaços onde as pessoas possam trabalhar sem abrir mão da própria saúde não é um luxo – é uma necessidade.

Precisamos falar sobre o impacto do trabalho na saúde mental. Nenhum sucesso vale o preço da nossa sanidade.

 

Blog

Confira as últimas postagens

Copyright 2024 © Todos os direitos reservados: Psicóloga Acácia Mota 

Siga-me nas Redes Sociais

Copyright 2024 © Todos os direitos reservados: Psicóloga Acácia Mota